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Feito por mil mãos de uma só mão,
Traz no peito o coração em rabisco,
Cem anos de longa solidão.
Não importa a treva, luz ou mais nada,
Dando vida, amor e ressurreição,
Apenas que o líquido não transborde da taça,
As palavras novas do nada surgirão.
A certeza de não querer a sílaba tardia,
Que traz e refaz os temores passados,
Do tempo de juventude que tanto sofria,
Do grito contido no peito abafado.
Não pronuncio mais, ditadura maldita,
Mas a dita vida dura ainda impera,
Buscando nas horas o pão nosso de cada dia,
Mudou os tempos, mas a palavra dita à hora.
TONY-MANEIRO