domingo, 4 de outubro de 2009

DESEJO DE AMAR

Eu pus minha vida no vento
e o vento aprendeu a cantar
levando-me todo lamento
do encanto na brisa do mar.

A vida era todo momento
que o vento deixava passar
na breve cantiga do tempo
na ausência infinita do mar.

E não era paz ou tormento
tentar ir-me embora ou ficar
à beira do amor ao relento
ouvindo o lamento do mar.

Então pus o corpo sedento
e o ventre da brisa no mar
e a alma salgada do vento
refez meu desejo de amar.

Afonso Estebanez

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