sábado, 6 de fevereiro de 2010

OBRA-PRIMA

Venha,
sempre que puder!

Descansa seu longo cansaço,
no meu farto abraço.

Quero batizar de eternidade,
a inércia de seus dias.

Arrancar esse cobertor improvisado,
onde dorme nossa doçura.

Quero ser,em seu ser,um abrigo;
seu próprio casulo.

Permita que eu seja mil hectares
de campo fértil,
para sua escassa semente.

Descansa em mim.
Devaneia seu sonho solto,
na esfera morna de minha visão.

Vamos jogar nossas diferenças no tempo.
Ele se encarregará de modelar,
num chão firme,a argila nua,minha e sua,
com a beleza e emoção de uma obra-prima.

Rosy Moreira

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