![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT4s-77jATlXU8spIw1nKv24XCI-xeNDW_7Zj3OjmHqkrbq-2zJSNXpw8XCrlkqwn68KPig5XpV2jOREDPSdOCDQw7yx6JWhPQVKHTAzrg_8ttTGX-PG3htgbI_Ox6FdoXtsPNx6TVi6o/s400/OgAAABtl6kA4ZQc3c8LYDk-IkvAwvDS08HNnL3TKAtKLzDfA7DAvXkNKxaTiuL6yFyjMMGTTl-7ransyrnugbHsuJHsAm1T1ULB2AWYr71lv7o5Jxso1vZP9X7GJ.jpg)
deixar o vento adentrar
em meu tempo completo, incessante,
respirar flutuando o céu liquefeito
com as luzes de um ocaso
que chega sem avisar
Guiar-me pelas estrelas
soltando as amarras
em busca do mar da tranqüilidade,
levando comigo apenas
bagagens da vida, lembranças sem idade
e o amor à beira do tempo
em grades de brisa
Canto agora em silêncio,
as retinas se calam
e o tempo com seus ponteiros
e pêndulos tortos,
anunciam a tua companhia ausente
no pensamento que me fala.
Conceição Bentes