terça-feira, 7 de setembro de 2010

ASAS DA ALMA

Com todos fui apenas uma prisioneira,
Mas em tuas mãos minh’alma criou asas,
Sobrevoei com elas por sobre as casas,
Brancas com patamares de amoreiras.

O crepúsculo pintava o horizonte de cores,
De uma vermelha cor, de sangue bem vivo,
E rabiscos amarelos, formavam um atrativo,
Semelhante a um mar, de belas flores.

Entretanto não entendeste o meu recado,
Que ficou perdido entre o sussurrar do vento,
E senti meu coração doído naquele momento,
Que cortastes as asas, que me havias dado.

Marco Orsi

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