sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

AFLITAS HORAS

Uma melancolia de repente é despertada.

Desfolho nas páginas da saudade,
pedaços de momentos que ficaram guardados.

Acendem-se vestígios de beijos e carícias,
entre o tempo e a lembrança.

Fecho os olhos.
Nossos momentos escorrem em filamentos,
ardendo nos confins da mente.

Vozes sem eco gemem,
batendo asas,andando em círculos.

Lembranças chegam sem aviso.
Nós de braços e pernas,delírio!

Não tenho você,
mas ouço seu sussurro,como alarme,
ao meu ouvido.

Entre nós,ficaram aflitas horas de espera e ausência,
para sempre registradas no relógio,
que nem o tempo conseguiu apagar.

Nos ponteiros do seu corpo,
por instantes,o meu corpo sossegou.

Rosy Moreira

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